É complicado, quando uma disputa - seja ela qual for, envolve interesses que não são convergentes e, quando se trata de disputa política, a coisa se complica mais ainda. Mesmo no regime democrático, quando as escolhas são (em tese) determinadas pelo povo, existem problemas insanáveis. É o que está acontecendo na Paraíba de agora quanto à escolha de um nome para disputar a governança do Estado, nas eleições do próximo ano.
No campo das oposições, as coisas são mais fáceis quando, normalmente, o nome escolhido é aquele que reúne maior popularidade aferida por pesquisas populares. Já na situação, o problema se exacerba porque o jogo de interesses fala mais alto quando muitos são aqueles que querem ser abençoados pelo poder vigente. Nos Estados Unidos, existem as chamadas "eleições primárias" quando, os candidatos, são escolhidos, democraticamente, no âmbito do Partido. Aqui no Brasil não; o eleitorado recebe um "prato feito", quando a escolha do nome a concorrer é feita pelos chefes das agremiações partidárias.
É o que acontece na Paraíba agora. Do lado do Governo, são vários os nomes que postulam uma indicação e, o governador João Azevedo (PSB), sem a liderança necessária para impor um nome, se vê numa saia justa para essa escolha. No último sábado (8), almoçaram juntos, na granja do governador, todos os próceres da situação, mas nada ficou resolvido quanto ao nome que deverá concorrer em 2026. Depois desse repasto, deverá acontecer outro e talvez mais outros em busca de um consenso.
Se João sair para o Senado, assume o vice, Lucas Ribeiro (PP) que, certamente, irá para a reeleição. Caso João fique no cargo até o final do mandato, o nome será de sua escolha, o que está entre Deusdete Queiroga (PSB), Cícero Lucena (PP) ou Adriano Galdino (Republicanos). O problema aumenta quando sabemos que, agora, a palavra do presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos), terá grande valia, sem falar que, o presidente Lula (PT), com certeza entrará no jogo também. Um verdadeiro angu de caroço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário