O caso da roubalheira dos benefícios dos aposentados e pensionistas, deflagrado em meados de abril próximo passado, já completa um mês e, o que vemos nos noticiários é uma briga de empurra em que, ambas as facções politicas do Brasil polarizado, num estica-e-puxa, quando uma bota a culpa na outra e, até agora, nada foi resolvido. As falcatruas - quando alguns sindicatos faziam descontos indevidos nos pagamentos de aposentados e pensionistas - começaram no governo de Jair Bolsonaro e se exacerbaram no governo Lula.
Deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União - CGU, uma operação que descobriu o desvio de cerca de R$ 6 bilhões desde 2019 e que aumentou, consideravelmente, nos últimos anos, já derrubou o ministro da Previdência Social (Carlos Lupi) e o presidente do INSS (Alexandre Stefanutto). Agora está sendo instalada uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito - CPMI para apurar o caso. É certo que, ambos os governos, têm culpa porque sabiam de tudo desde o início, porém, somente agora o caso está sendo desvendado.
Com a instalação da CPMI, o Brasil assistirá a uma guerra de acusações mútuas em que, bolsonaristas e petistas se digladiarão mais para usar a roubalheira dos aposentados e pensionistas para se promoverem politicamente do que para dar uma rápida solução ao caso. Em ano que antecede a eleição presidencial isso vai ser um prato cheio para todos. Os governistas, que antes eram contrários à CPMI, agora, vendo sem jeito impedir a sua instalação, se põem também a favor num jogo em que, o que menos interessa é o ressarcimento aos pobres aposentados e pensionistas.
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