Nascido em Chicago, nos Estados Unidos da América, Robert Francis Provest, descendente de franceses e italianos pelo lado paterno e, de espanhóis pelo materno, ali viveu até os 27 anos de idade. Ordenado padre agostiniano, foi estudar em Roma. Findos os estudos foi designado para exercer o sacerdócio no interior do Peru. Alguns anos depois retornou a Itália. Com a ascensão de Francisco ao papado foi nomeado bispo de uma Diocese no norte do Peru para onde retornou e lá, passou mais de dez anos.
Já no final do pontificado de Francisco, Provest recebeu o chapéu cardinalício e foi nomeado para o importante Dicastério para a Formação dos Bispos, no Vaticano. Agora, aos 69 anos de idade, após dois anos como cardeal (fato inédito), foi leito papa da Igreja Católica, adotando o significativo nome de Leão XIV, numa referência ou homenagem ao papa Leão XIII (1878/1903), o primeiro pontifice a manifestar-se (Rerum Novarum) quanto aos direitos sociais do povo trabalhador. Em sua primeira fala, o novo papa deu sinais de que dará continuidade ás reformas de Francisco.
Dos 10 cardeais norte-americanos, Provest é o menos americano deles. Detentor de cidadania peruana e, agora, soberano absoluto do Estado do Vaticano, Robert Francis Provest é mesmo um cidadão do mundo. Divergente da política de imigração do presidente Donald Trump, em seu primeiro discurso da sacada da Basilica de São Pedro, Leão XIV realçou a necessidade da paz no mundo, a construção de pontes entre as nações e o diálogo entre os povos, enfim, uma antitese ao pensamento segregacionista promovido pelo presidente americano.
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