Ontem (8) mais um gabinete da Câmara dos Deputados foi
devassado pela Polícia Federal em busca de provas sobre o uso indevidos das
famigeradas Emendas Parlamentares Impositivas. Desta feita foi a vez do deputado
cearense Júnior Mano (PSB). Foram seis horas de inspeção quando uma carga de
documentos foi apreendida pela PF no gabinete do parlamentar. A suspeita é do
uso indevido das emendas para financiamento de campanhas eleitorais.
Esses recursos, que somam cerca de R$ 50 bilhões, são
destinados aos deputados e senadores para, de forma pulverizada, financiarem
obras nos municípios brasileiros o que, no mais das vezes, é feito sem obedecer
aos trâmites legais da transparência ou da licitude quando até licitações são
fraudadas para que o dinheiro retorne aos parlamentares para dele fazerem uso
ao bel prazer, inclusive financiando campanhas eleitorais suas e de prefeitos e
vereadores amigos
Há casos até de prefeitos colocando emendas como garantia de
empréstimos a agiotas. A coisa vem se fazendo tão grave, que até os ministros
do STF indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, estão determinando punição.
Semana passada, o ministro Nunes Marques determinou busca e apreensão numa
prefeitura da Bahia. Agora, foi a vez de o ministro Gilmar Mendes que mandou
investigar o prefeito Júnior Mano e, no geral, o ministro Flávio Dino busca
acabar com essa farra. Enquanto isso, deputados e senadores ficam todos calados
porque estão, quase todos, “comendo”.
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