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terça-feira, 23 de setembro de 2025

O inferno de Hugo Motta

No mais das vezes as pessoas exultam quando galgam altos postos e comemoram acreditando que essas conquistas serão a redenção do ostracismo ou um prêmio eterno; se lambuzam com o fácil mel a que não estavam acostumados e esquecem de manté-lo em lugar seguro, isolado das formigas. Parece ser isso o que vem acontecendo com o deputado Hugo Motta que foi agraciado com a presidência da Câmara dos Deputados por obra e graça de um impasse que o ungiu como um tertius que poderiam dirimir brigas internas e pacificar interesses vários.

De acordo com o rápido correr do tempo, parece que a coisa se transformou num pesadelo. É fato que Motta tem se deparado com abacaxis ruins de descascar. Num momento difícil da República, Hugo vem herdando situações complicadas quando tem se deparado com radicalizações e pautas polêmicas (a que tem chamado de "pautas tóxicas), em sua maioria fruto de suas promessas de campanha e que agora lhes são cobradas como fatura a ser paga pela estrondosa vitória e, sem pulso para administra-las, está num beco sem saída.

Sem habilidade necessária para tocar essa empreitada, Hugo Motta, perdido no tiroteio, vê-se falto de poder para administrar interesses vários. Nas manifestações públicas ocorridas no último domingo (21) foi, o presidente da Câmara Federal, o mais execrado pelos manifestantes: "Fora Hugo Motta!" E o mais grave, é que a repercussão maior da sua falta de pulso ocorreu no seu ninho eleitoral: a Paraíba. Em que pese votar sempre de forma desavisada, o povo, às vezes, acorda e dá um direcionamento diferente a seus votos e manda pra casa os que antes lhes eram caros. Será o inferno de Motta?



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