ODE

sábado, 22 de novembro de 2025

Histórias e estórias engraçadas de Princesa

João Fernandes, além de comerciante, era também funcionário público estadual. Funcionava como enfermeiro leigo do Hospital São Vicente de Paulo em Princesa. Ali, tinha todos como colegas e amigos. Porém, existia um dos colegas – que era também compadre -, chamado Antônio de Elza, por quem Fernandes tinha um apreço especial. É tanto que, sempre que Antônio marcava suas férias, João marcava as suas também no mesmo período. Não sabia, Antônio de Elza, no entanto, que Fernandes e sua mulher tinham um “cheirinho-de-queijo”.

Certo dia, os dois de férias, Antônio comentou com João que iria aproveitar o período de ócio remunerado para pintar sua casa. João Fernandes, de pronto, se ofereceu para ajudá-lo. E Antônio, ingênuo coitado, aceitou de bom grado. Marcaram o dia da pintura e lá se foi Fernandes para a casa do compadre e lá chegando, foi logo perguntando: “E aí, compadre, cadê as tintas?” Antônio, meio embasbacado, respondeu: “Oxente, compadre, eu tenho uma lata quase meia, mas num é que eu me esqueci de comprar o resto?!” “Pois então cuide em comprar mais, homi”, recomendou Fernandes. “Mas, aonde compadre?”  Perguntou Antônio.

Esperto e mal-intencionado, João Fernandes orientou o compadre a ir comprar as tintas na loja mais distante que havia. Com essa recomendação, Antônio saiu para comprar o material. Enquanto isso, João correu pra cozinha e foi logo cheirando o cangote da comadre e chamando-a para o quarto. Encostaram a porta da frente, se deitaram e, quando estavam no bem bom, João ouviu o assovio do compadre (Antônio só andava assoviando). Levantou-se rápido, pegou o resto de tinta que havia numa lata, subiu a escada e começou a pintar a parede da sala da frente. De repente, Antônio empurrou a porta e entrou. Quando olhou pra cima se surpreendeu com o compadre, nu e atrepado na escada. “Oxente compadre, que diabo é isso, você está nu?” Perguntou Antônio, surpreso. “Pois é, compadre, eu só tinha essa roupa limpa e, pra não sujar, resolvi tirá-la para poder pintar a parede”, justificou João Fernandes. “Mas compadre, e esse negócio duro aí?” Questionou Antônio, ao que João respondeu sem titubear: “Oxente, compadre, e onde eu vou pendurar a lata?”



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