É claro que todo e qualquer acusado de algum malfeito tem o direito de se defender das acusações que lhes são impostas. O amplo direito de defesa é consignado na Constituição Federal, um direito líquido e certo de todo e qualquer cidadão. Porém, não é dado, aos acusados, o direito de simplesmente promover o descrédito de seus acusadores, principalmente quando se trata de algo evidente, que salta aos olhos porque eivado de provas factuais que não deixam dúvidas sobre sua veracidade.
É o que ocorre com a denúncia impetrada contra o ex-prefeito de Princesa, o senhor Ricardo Pereira do Nascimento, o que gerou um Inquérito Policial instaurado pela Polícia Federal para apurar evidentes desvios de recursos públicos da prefeitura de Princesa através de cheques previamente endossados, em branco, destinados a supostos beneficiários de ajudas-de-custo e que foram sacados na boca do caixa de bancos, por pessoas ligadas ao alcaide, e a ele entregues somas fabulosas que orçam em mais de R$ 30 milhões.
Ao senhor Ricardo Pereira do Nascimento não cabe negar o fato, mas sim, explicar. Ou seja, como o ex-prefeito diz que é mentira, certamente, quer dizer com isso que as culpas são do secretário, da jovem moça e do empresário que são citados no Inquérito da PF. Pelo visto, Nascimento não sabia de nada e, por essa ótica, os verdadeiros operadores da falcatrua, são as pessoas citadas. De forma alguma, o ex-prefeito pode dizer que é mentira, tampouco botar a culpa na oposição. A ele, cabe esclarecer os fatos e mostrar de vez que é inocente e que, a culpa, cabe àqueles que operaram a falcatrua.
Os fatos são lastreados num relatório expedido pelo COAF - Conselho de Controle de Atividades Financeiras, que foi encaminhado à Polícia Federal para efetiva investigação. Se alguém, inventou isso, foi O COAF e não a oposição ao governo de Nascimento. Que a falcatrua é uma realidade, disso ninguém tem dúvidas, resta saber se os "laranjas" que operaram esse esquema, que a PF chama de "Organização Criminosa", obedeciam às ordens de Nascimento. Em que pese o alcaide alegar inocência e dizer que Deus está com ele, somente a conclusão desse Inquérito terá o condão de estabelecer a verdade e puir os culpados.


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