Ontem, 06/12/2019, por volta das 14:00 horas, o Tribunal de
Justiça do Estado da Paraíba, através de julgamento exarado pelo senhor
desembargador Leandro dos Santos, da 1ª Câmara Cível, indeferiu pedido de
Liminar solicitando suspensão da sentença proferida pela juíza dra. Maria
Eduarda Borges Araújo que anulou a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal
de Princesa Isabel/PB. O pedido de liminar foi impetrado pelo vereador Ednaldo
Melo (Garrancho), na qualidade de ex-vice-presidente daquela Casa Legislativa.
Com essa decisão, o vereador José Alan de Sousa Moura continua assumindo a
presidência da “Casa de Adriano Feitosa”, com a incumbência de realizar
eleições para a escolha da nova Mesa Diretora, num prazo de até 30 dias, a
contar da data da sentença inicial. Pena que essa eleição não será direta,
através do voto popular e longe da influência nefasta da corrupção eleitoral,
que poderá reincidir em novas falcatruas.
Consequências
Os efeitos da confirmação da referida sentença vêm se
apresentando como algo devastador para o grupo político liderado pelo prefeito
Ricardo Pereira do Nascimento. A situação se complica quando há notícias de que
a nova direção da Câmara Municipal já detectou algumas irregularidades quanto
ao trato com o dinheiro público; sem falar em estranhezas quanto aos contratos
firmados com o intuito da contratação de servidores; pagamentos astronômicos
por serviços ou bens adquiridos por aquele Poder; cheques pré-datados em favor
de vereador, dentre outros procedimentos que são considerados no mínimo
esquisitos. Na verdade, está-se abrindo a “caixa preta” daquela Casa de Leis.
Até agora, com pouco esmiuçar, conforme fomos informados, já se verifica que os
ex-administradores não estavam ali para brincadeiras. A própria eleição fraudulenta
já prova a “retidão” daqueles que se diziam paladinos da moralidade.
Novo tempo
Fez-se justiça. Precisa-se agora, de juízo para escolher com
cuidado aquele ou aquela que deverá comandar o principal Poder do município por
esse resto de mandato. Provado já está que a oposição chamada de “raivosa”,
tinha razão quando além de denunciar as falcatruas dos Poderes Executivo e
Legislativo, promoveu a denúncia que culminou com a anulação da eleição
fraudulenta da Câmara Municipal. Não há mais dúvidas sobre este fato, haja
vista, ter sido a mesma agora corroborada pela Justiça em duas decisões similares.
As duas casas (Câmara e Prefeitura), que são vizinhas geminadas, uma segurava a
outra. Agora, com a queda da primeira, a segunda já balança.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 07 de dezembro de 2019).
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