ODE

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

SÓ UM RECADINHO



Alguns me acham intolerante e têm razão. Sou intolerante sim com aqueles que apunhalam pelas costas e depois, cheios de santidade, procuram a fonte de suas facadas para obter vantagem financeira.
Comigo não funciona. A esses eu dou uma banana. E olhem lá!
Não se concebe a convivência com quem não tem caráter ou tem caráter duvidoso.
Figuras que não gostam de ninguém, só do vil metal.
Quem enchem o bolso de dinheiro e depois saem por aí metendo a ripa em quem lhe foi generoso.
E adulando o adversário mais próximo, para dele receber afagos em cifrões e em seguida agir do mesmo jeito.
Não comparo esses tipos a prostitutas.
Conheci putas que mereciam respeito.
E tais figuras nada merecem além da cuspida de nojo em suas caras ensebadas.
Ao longo dos meus longos anos, deparei-me com muitos desses sebosos.
E, embora vivam na lama, são ricos.
Ganham facilmente e moram bem, têm bons carros e trocam de mulheres como trocam de roupas.
Pagam múltiplas pensões alimentícias às múltiplas famílias que construíram e destruíram.
Não têm norte, nem sul. São beduínos do asfalto, imunes ao chamado aconchego do lar.
Quando vejo algum deles distribuindo elogios gratuitos a quem até bem pouco tempo criticava de forma covarde, fico arrepiado.
Imagino o tamanho da rebordosa.

Tião Lucena

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