Na noite do dia 03 de março de 1930, já iniciado o conflito, o coronel José Pereira Lima convocou uma reunião em sua residência, à noite, e ali traçou as diretrizes que guiariam as ações da resistência de Princesa às investidas da polícia paraibana. Após o ataque a Teixeira que se estendeu até o povoado de Imaculada, José Pereira passou a receber informações sigilosas de funcionários dos Correios e Telégrafos sobre os planos do presidente João Pessoa. Com isso, passou a organizar suas forças no sentido de distribuição de pessoal armado para a defesa de vários pontos do município. Para isso, contou com o efetivo apoio de vários cidadãos seus amigos e correligionários. Dessa reunião participaram, dentre outros próceres da política de Princesa, os seguintes cidadãos: Antônio Cordeiro Florentino (sogro de Joaquim Mariano); Manuel Carlos de Andrade (irmão do coronel); José Frazão de Medeiros Lima (prefeito destituído da cidade); Marcolino Florentino Diniz (sobrinho e cunhado do coronel); Adriano Feitosa Cavalcanti professor e político); Marçal Florentino Diniz (agropecuarista e proprietário rural); Manuel Rodrigues Sinhô (presidente do Conselho Municipal); Feliciano Rodrigues Florêncio (Conselheiro Municipal e proprietário rural); Antônio Pereira Lima (irmão do coronel) e Manuel Cardoso da Silva (comerciante e cunhado do coronel). Estes formavam o, por assim dizer, Estado Maior dos “Libertadores de Princesa”.
Os chefes de turmas
Além desse staff, foram indicados também os chefes de grupos que comandariam as turmas de homens combatentes. Foram eles: Sinhô Salviano, com 37 anos de idade e residente em Patos (hoje Irerê); Horácio Virgulino, com 35 anos, agricultor, residente em Princesa, que morreu em Tavares, em combate; Augusto Antas Florentino, com 45 anos de idade, agricultor e comerciante, residente em Patos (Irerê); Luiz Pereira de Sousa (Luiz do Triângulo), com 32 anos de idade, agricultor, residente em Patos e um dos mais valorosos combatentes da Guerra de Princesa; José Ferreira, com 40 anos de idade, comerciante e agricultor, residente em Belém (povoado que hoje pertence a Tavares); Pedro Rodrigues (vulgo Lindou, sogro de Waldemar Abrantes e de Mirabeau Lacerda), com 30 anos de idade, agricultor e criador, natural de Conceição; Cícero Bezerra (o “Bandoleiro do Nordeste”), 30 anos de idade, agricultor; Cicero Marrocos (pai do maestro Manoel Marrocos Sobrinho), marceneiro, natural de Areia/PB, funcionava como almoxarife na distribuição de armamentos e munições; Eije Kumamoto, japonês (segundo o historiador princesense, Paulo Mariano, o único japonês a participar de uma guerra no interior do Brasil) era o tesoureiro da campanha e pagador das tropas. Foi com esses homens que o coronel contou para a resistência durante os longos cinco meses de luta envolvendo os resistentes de Princesa contra a tentativa de ocupação pela polícia da Paraíba.
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