O que ouvimos do prefeito Ricardo Pereira do Nascimento, dos que lhe apoiam e dos que não lhe atacam é que nós, da oposição, estamos nos aproveitando desse período de crise na saúde - provocada pela Pandemia da COVID-19 -, para fazermos politicagem. Com o intuito de dirimir dúvidas implantadas nas cabeças das pessoas e, em restabelecimento definitivo da verdade, faço aqui uma pergunta por demais necessária e pertinente, que a título de esclarecimento, eu mesmo respondo: denunciar o que está errado é fazer politicagem? Devemos ser condescendentes com um gestor que recebeu milhares de reais para o combate da doença e, até agora, nada de concreto apresentou à população em benefício dessedesiderato? Pois bem, eu falo e ajo. Acabei de protocolizar - junto aos Ministérios Públicos, Estadual e Federal, e ao TCE/PB – Tribunal de Contas do Estado da Paraíba -, representação sobre situações que considero encerrarem graves irregularidades. O prefeito Nascimento, com o falso intuito de prestar contas à sociedade princesense sobre os dinheiros recebidos de Brasília, concedeuentrevista à Rádio Princesa FM quando, ao invés de indicar aonde gastou o dinheiro, afirmou apenas que com relação aos recursos consignados para o combate à COVID-19, tudo está sendo feito dentro da lei. Acrescentou que os recursos que está utilizando para a reforma do Hospital Regional não são destinados ao combate à Pandemia e que não abriria mão da realização do sonho de ampliar aquele hospital. Essa é uma verdade que pega carona na mentira.
Desmascarando Nascimento
Digo sempre, aqui e na rádio, que Nascimento é a mentira personificada. Hoje, eu acrescentaria: é a mentira vestida de descaramento. O prefeito foi à emissora de rádio – aquela que só divulga o que ele quer -, para dizer que o dinheiro da reforma não é para combater a doença COVID-19. Porém, quando quis fazer uso daqueles recursos do jeito que ele gosta, ou seja, sem dar satisfação a nada nem a ninguém, usou o instituto da “dispensa de licitação” para contratar uma empresa de construção para realizar a obra de ampliação do Hospital Regional, sem licitação. Pasmem! Tudo isso com a justificativa contida no empenho: “Prestar serviço de engenharia de caráter emergencial na ampliação de instalações hospitalares para acomodação de leitos, consultórios e demais setores necessários, para atendimento regional da população necessitada para o combate e prevenção do COVID-19 no Hospital de Princesa Isabel/PB (...)”. Além desse investimento escuso, adquiriu um equipamento para a realização de exames de ultrassonografia e gastou quase R$=200.000,00 (DUZENTOS MIL REAIS) com a compra de tablets e notebooks para as equipes de enfermagem, tudo isso com o dinheiro destinado do para o combate ao Coronavírus e com dispensa de licitação.
Provando o que digo
Enumero aqui alguns pontos, que têm o condão de retirar a camuflagem promovida por Nascimento. 1 - enquanto várias cidades no mundo estão construindo “hospitais de campanha” (obra de execução célere para efetivo e urgente funcionamento), Princesa é a única cidade em que um gestor, em meio à Pandemia do Coronavírus, providencia a construção (desnecessária) de instalações de cimento, tijolo e pedras, para atender a uma demanda tão urgente quanto a doença que vem matando sem pena. 2 - é muita generosidade do prefeito de Princesa, utilizar recursos destinados para a saúde do município e investi-los num prédio que pertence ao Estado e para atender a toda uma região. Pergunto: a quem está destinada essagenerosidade? Ao povo da nossa região ou ao seu próprio interesse? 3 - porque Nascimento não se envergonha de mentir descaradamente na rádio quando diz que o recurso não veio para o combate à COVID-19 e usa o instituo da “dispensa de licitação”, concedido pelo fato do Estado de Calamidade Pública haver sido decretado para facilitar as ações em combate àquela doença? Tenho certeza de que agora, ninguém mais me contestará quando afirmar que o prefeito é mentiroso e useiro e vezeiro de manobras para desviar o objetivo de recursos públicos. Encerro com um conselho ao gauleiter: Boa sorte com os órgãos fiscalizatórios, pois, com certeza, em breve estarão em sua cupira.
(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 15 DE MAIO DE 2020).É
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