As eleições são a essência da democracia. Sem elas, o sistema perde seu fundamento. Neste ano de 2020, por conta da Pandemia do Coronavírus, vivemos um impasse quanto à realização das eleições municipais. Afloram questionamentos sobre quando e como ocorrerá o pleito deste ano, para a escolha dos prefeitos e vereadores para o próximo quatriênio. A COVID-19 - doença que grassa em todo o país -, é amicíssima de aglomerações e, como sabemos, não se faz campanha eleitoral sem o ajuntamento de gente. Por outro lado, não se previne a doença sem o distanciamento social. Diante desse impasse, alguma solução tem de ser encontrada, pois, não há empecilho que seja determinantemente suficiente para impedir o exercício pleno da democracia. Como vemos, a campanha poderá até estar prejudicada, porém, as eleições, não. Nesse tempo de Pandemia, muita coisa mudou, as pessoas descobriram que, através dos recursos disponibilizados pela internet e pelos equipamentos digitais, quase tudo pode acontecer de forma virtual. Daí o entendimento de que pode não haver a possibilidade da realização das campanhas eleitorais nos moldes convencionais (passeatas, comícios, carreatas, visitas domiciliares, corpo-a-corpo, etc.).
As eleições acontecerão, sim
Mesmo em face de todos esses problemas, as eleiçõesacontecerão, sim. Que sejam determinados dois dias para a votação; que o número de Secções Eleitorais seja aumentado; que haja rígido disciplinamento quanto ao distanciamento nas filas, enfim, que sejam tomadas todas as providências necessárias, contanto que o processo democrático não sofra solução de continuidade. O próprio TSE – Tribunal Superior Eleitoral, está analisando várias situações, inclusive a possibilidade da readoção da velha cédula eleitoral, pois, acreditam, os ministros daquela Corte, que a Urna Eletrônica pode ser um meio de contágio muito perigoso. Na verdade, ações váriaspoderão ser adotadas, tudo no sentido de viabilizar as eleições municipais deste ano. O que não pode nem deve acontecer é a prorrogação de mandatos. Adaptados aos novos tempos, os candidatos terão de fazer uso do palanque eletrônico, levando suas mensagens ao eleitorado, situação em que poderá ser esta, a primeira eleição limpa dos últimos tempos, isto é, sem a contumaz compra de votos, sem famigerado escambo eleitoral.
DSMR, EM 22 DE JUNHO DE 2020.
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