Hoje, véspera de São João, a festa mais popular do Nordeste, será um dia mais de tristeza do que de alegria. A Pandemia do Coronavírus, que vem destruindo, além de vidas, a alegria do povo, nos priva agora de comemorarmos a mais popular efeméride nordestina. Proibiram fogueiras, fogos de artifícios, quadrilhas e reuniões entre amigos. Nunca em tempo algum deu-se isso. Porém, mesmo a contragosto, temos de nos submeter a essas determinações, pois, a saúde de todos é muito mais importante. Resta-nos apenas, reunir a família, ligar a radiola, escutar Luiz Gonzaga, comer pamonha e dormir sem o prazer da alegria coletiva, que é característica das festas juninas do nosso tradicional Nordeste. Essa tal COVID-19 veio mesmo para modificar a vida das pessoas. Depois dessa pandemia, o mundo será diferente, com vários interregnos nunca vistos: não houve Semana Santa; não aconteceram as Olimpíadas; os jogos de futebol que alegram as massas acabaram e, agora, o nosso gostoso São João também não vai acontecer. Resta o alento dos versos dos nossos poetas, Rena Bezerra e Valbam Lopes, e de saber que um dia isso vai passar. Lamentavelmente, muitos já passaram e outros estão passando. C’est la vie.
DSMR, EM 23 DE JUNHO DE 2020.
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