Nesse período pré-eleitoral, decidi visitar alguns amigos para aferir o clima político do momento. Qual não foi a minha surpresa, quando constatei que o pensamento da grande maioria dos que visitei, comunga com o meu. Senti claramente, a ânsia de todos por uma aliança política,entre os dois grupos que fazem oposição à atual administração, para concorrerem, com uma candidatura única, nas eleições do próximo dia 15 de novembro. Não se trata de indução, mas de uma constatação real. Em quase todas as casas em que fui recebido, fui indagado sobre as possibilidades de uma aliança entre os partidários de doutor Sidney com os simpatizantes do grupo Moura. Deduzi daí, que essa possível união poderá formar um contingente de eleitores que possibilitará uma grandevitória da oposição nas próximas eleições. Constatei também que a rejeição ao atual prefeito é muito grande; que a insatisfação com o funcionamento da saúde é enorme; que as reclamações quanto ao tratamento dispensado às pessoas mais pobres é uma constante e, o que é mais grave, que esse governo é um governo voltado para as elites, enfim, vi que o povo não está satisfeito e almeja uma união para que seja operada a tão desejada mudança.
Responsabilidade das lideranças
É certo, que cada pré-candidato almeja alcançar a vitória eleitoral. Porém, é certo também que, em se tratando de aliança política, alguém tem de ceder. Se as lideranças se dispuserem a ouvir a voz das ruas, deverão promover confabulações sempre considerando o interesse público. A responsabilidade dos líderes, se configura necessária para a viabilização do melhor para todos e, tenho certeza, que ambos os chefes dos partidos representantes da oposição (doutor Sidney e doutor Aledson), têm esse sentimento de dever com os destinos de Princesa. Entendo que a responsabilidade de decidir pelo melhor é mais salutar do que, mais tarde, ser responsabilizado por um erro que poderia ter sido evitado.
Rememorando o passado
Momentos cruciais como o atual não são novidade na história política de Princesa. Em 1976, hegemônico na política princesense, o grupo Diniz promoveu a indicação de Batinho como candidato a prefeito, o que causou mal-estar em várias lideranças do partido e consequentes dissidências e adesões. Uma dessas adesões (João Pacote), bandeou-se para o grupo Pereira que, enfraquecido eleitoralmente e não dispondo de um candidato competitivo para concorrer, aceitou apoiar João Pacote para que o partido sobrevivesse. Perdeu a eleição mais manteve viva sua agremiação política. Em 1988, aconteceu o contrário. O grupo Diniz estava em baixa e aceitou apoiar o então vice-prefeito, Doca Ferraz, que havia sido preterido como candidato do grupo Pereira, que lançou Assis Maria como candidato a prefeito. Perdeu a eleição, mas manteve acesa a chama do nominandismo.Em ambas as situações e ocasiões, os dois tradicionais partidos de Princesa agiram com inteligência e sobreviveram para as lutas futuras. Finalizo afirmando, no que acredito: quem mata partidos são as urnas e quem os salva é a competência dos que têm o poder de operar as decisões mais acertadas. Diante disso, fica claro que o destino de Princesa, está nas mãos das duas principais lideranças da oposição e a eles cabe a decisão que definirá os destinos do nosso povo.
DSMR, EM 1º DE SETEMBRO DE 2020.
Concordo com seu pensamento Domingos, e sinto isso entre as pessoas também.
ResponderExcluirEu acredito que nesse ponto Dominguinhos tem toda razão, apesar de que o grupo de Ricardo conta com o Estado e o Município, mas não resta dúvidas que é um grupo desacreditado pela maioria das pessoas de bem, porque o que se vê são desmando com o dinheiro público e havendo uma junção das lideranças da oposição, que sem dúvidas é composta por pessoas de boa índole, há uma grande chance de se conseguir uma vitória com uma boa margem de diferença.
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