No último sábado, o país inteiro se mobilizou numa
manifestação pacífica (à exceção do Recife onde a polícia militar reagiu com
truculência desnecessária), em protestos contra o presidente Jair Bolsonaro. Na
verdade, o movimento não se restringiu apenas ao âmbito nacional. Aconteceram
protestos também em Lisboa, Paris e Nova York. Mesmo usando máscaras, os
manifestantes provocaram aglomeração num desrespeito aos protocolos de proteção
contra a Covid-19, mas é impossível de conter isso, uma vez tratar-se, hoje no
Brasil, de uma guerra política, pró ou contra Bolsonaro. Para toda ação, cabe
uma reação e, para muitos, o presidente é o próprio vírus.
O problema se agrava quando vemos essa temerária polarização
que em nada contribui para o desenvolvimento ou para a democracia do Brasil.
Temos um presidente enfraquecido politicamente, que não tem nada para mostrar
em termos de realizações. Pelo contrário, comanda um governo que produziu alta
da inflação, desemprego, aumento nunca visto da gasolina, cizânia nas Forças
Armadas, ódio entre os brasileiros e, quase meio milhão de mortes pela maldita
doença que nos assola a todos. Quanto à Covid-19, o presidente quer que o vírus
faça o trabalho que deve ser feito pela vacina: a imunidade de rebanho.
O que tem estimulado o povo a ir às ruas, em protesto contra
o governo é, além da grave situação econômica do país, o comportamento irresponsável
do presidente da República. Bolsonaro é tal qual um macaco em loja de louças.
Com seu comportamento de agitador, a cada dia cria situações inusitadas e
incompatíveis com o cargo que ocupa: “Não
sou coveiro”; “Vou comprar vacina à sua mãe”; “Quem tomar a vacina da China
pode virar jacaré ou falar fino”. É assim que age o maior magistrado da
Nação. E o pior, é que essas palhaçadas têm enfeitiçado
alguns segmentos das Forças Armadas, quando até generais, se submetem como
serviçais desse energúmeno. Ainda bem que o povo está indo às ruas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário