ODE

terça-feira, 1 de junho de 2021

O PAPA SEM PAPAS NA LÍNGUA

 




O comentário infeliz por preconceituoso, proferido pelo Papa Francisco semana passada, teve uma repercussão bem maior do que o merecido. É certo que o Sumo Pontífice da Igreja Católica fez uma brincadeira despretensiosa, porém, como o valor das palavras depende da boca de quem as profere, o comentário virou gigante e provocou muitas reações negativas.

Nem a infalibilidade papal preservou Francisco de ser duramente atacado, principalmente, por aqueles segmentos que abominam a Cátedra de Pedro, como os evangélicos. Ademais, o Santo Padre esqueceu que, hoje, a Santa Madre Igreja não manda mais na banca e que seus dogmas se restringem à Sacristia. Sem falar na vidraça que é, por conta dos vários escândalos de pedofilia e das suspeitas de malversação do óbolo de São Pedro.

Num tom de brincadeira, Francisco respondeu ao rogo de um padre paraibano de Campina Grande que pedia rezas pelo povo brasileiro: “Vocês não têm salvação. É muita cachaça e pouca oração”. Além de desatar reações negativas diversas, o pontífice feriu a liturgia do cargo, abriu caminho para a exposição desnecessária das mazelas do Vaticano e corroborou para a velha rixa entre brasileiros e argentinos. Mesmo assim, há um consolo para nós, pois, se o Papa é argentino, Deus é brasileiro.




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