O Brasil já viu esse filme. O depoimento secreto que o
ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, se propõe a prestar na CPI da
Covid-19, poderá abalar a República. Anteontem, Witzel, em sua fala, detonou o
presidente da República pelos procedimentos políticos que ele considera
reprováveis. Não bastasse isso, o ex-governador insinuou que existem falcatruas
na administração dos oito Hospitais Federais do Rio de Janeiro.
Em 1992, foi uma querela dessa natureza que detonou o mandato
do ex-presidente Fernando Collor. Enciumado por questões negociais, Pedro
Collor, denunciou o irmão com informações sobre atos suspeitos de corrupção. Com
isso, o presidente Fernando Collor caiu em menos de seis meses. Agora, as
insinuações de Witzel, dão conta de que a família Bolsonaro tem ligações com
milícias da capital carioca, que fazem parte de uma máfia pagadora de propinas,
etc.
Não bastasse isso, o ex-governador que foi afastado do cargo
definitivamente, insinuou também existirem ligações de amigos e parentes do
presidente no crime de assassinato da vereadora Marielle Franco. No afã de
vingar-se do que acredita haver sido uma perseguição política (seu afastamento
do cargo de governador), Witzel, jogou e promete jogar mais merda no ventilador
e, com isso, a merda pode virar boné. No entender do presidente da CPI da
Covid-19, o senador Omar Aziz, essas acusações são gravíssimas. Quem viver,
verá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário