O que se observa no momento é uma curva descendente entre o
eleitorado que levou Bolsonaro à cadeira principal do Palácio do Planalto. Em
2018, a maioria dos brasileiros, em busca de alternativa ao corrupto PT,
aninhou-se debaixo das asas do candidato que prometia segurança pública,
desenvolvimento e, principalmente, combate à corrupção. Com o passar do tempo,
a maioria constatou que havia sido vítima de estelionato eleitoral e, para
completar, após a instalação da CPI da Covid-19, ficou patente que a lama que
Bolsonaro prometeu limpar, já está sujando suas meias brancas.
Persiste, no entanto, na cabeça de cerca de 25% dos
eleitores, o pensamento de que Bolsonaro é mesmo um mito. Esses “bolsomínions”
ou devotos, por zoadentos que são, dão a impressão de que compõem um grupo
muito maior. Mas, não. O grosso da população está calado à espera de uma
alternativa à polarização representada por Lula x Bolsonaro. É verdade que o grande
contingente de eleitores que sufragou o nome do presidente já diz que nele não
votará mais. E mais, alguns até admitem votar em Lula se a disputa for entre os
dois.
Essa constatação nos dá luz para entender que a prática do
exercício da política tem de ser compartilhada. Isso o bozo não entendeu. Ao
invés de compartilhar com o povo, compartilhou com as velhas figurinhas
carimbadas do chamado “centrão”. O povo já está saindo e, há quem diga, que a
debandada dos aliados do “toma-lá-dá-cá” já está sendo organizada. Para
completar, adicione-se a cereja do bolo: a pandemia da covid-19 e as mais de
540 mil mortes contabilizadas em desfavor da desastrada gestão da saúde. Em
política, escreveu não leu, é analfabeto.
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