Muitas vezes, em suas ações bélicas, os Estados Unidos da
América, considerados a “polícia do mundo”, são incompreendidos em suas
intenções e, nos mais das vezes, erram flagrantemente. Não foi diferente com o
Afeganistão. Invadido, aquele país, pelos EUA, em 2001 – após o atentado às
Torres Gêmeas -, com o intuito de debelar um foco terrorista ali estacionado –
sob a denominação de “Al Qaeda” -, apoiado pelo Estado islâmico, a operação,
que deveria ter sido cirúrgica, foi invasiva demais, o que expôs a grande
potência ocidental ao maior vexame, em similaridade ao que aconteceu no Vietnã
na década de 1950.
Nessa empresa, os EUA, investiram bilhões de dólares. A
intenção principal era a de debelar o terrorismo e, de quebra, combater a
extrema pobreza, pacificar o país e criar ali uma democracia. Nada disso foi
atingido definitivamente. O terrorismo continua sendo uma ameaça; a pobreza
persiste; o país continua dividido entre os que querem o progresso e a
modernidade e os que insistem em reger a nação afegã pelos preceitos religiosos
do Islã, e a democracia, continua sendo uma quimera. O resultado do esforço
empreendido nesses últimos 20 anos foi em vão. O Talibã voltou e sem encontrar
resistência alguma dos que foram treinados pelos EUA para defender aquele país.
Diferente de todas as intenções da “polícia do mundo”, o
Afeganistão continua o mesmo, ou pior. O dinheiro investido carreou para a
corrupção; o Talibã voltou a dominar o país e, o after day daquele povo e da região do entorno, é incerto. Embora
demonstrando moderação, o Talibã, pragmático agora, é uma incerteza. Permite a
saída dos que não querem lá ficar, mas ninguém sabe qual será o destino dos que
lá ficarão. Diante desse quadro, não se pode culpar pelo fiasco, apenas o
presidente Joe Biden que, sabiamente, disse: “Não podemos lutar em favor daqueles que não querem defender seu
próprio país”. O imbróglio continua e o mundo volta a ficar assustado.
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