A masturbação ou a
famigerada punheta é o “coito” egoísta mais prazeroso que existe. Eivada de
preconceitos, a punheta, ao longo do tempo sempre foi reprovada, tanto pela
hipocrisia social, quanto pela falsa moral religiosa e até pelos retrógrados
conceitos científicos. Em recentes tempos idos, de acordo com os ensinamentos
da religião Católica, masturbar-se se constituía em grave falta, pois, estava o
ato contido na escala dos pecados chamados: original, venial e mortal. Ela [a
punheta] está inserida como pecado venial, portanto passível de perdão após
confissão e penitência. O problema é que a masturbação é um pecado recorrente,
uma vez que seus praticantes sempre reincidem, portanto: haja confissão e haja
penitência! Da parte da medicina dizia-se antigamente que a prática contumaz da
masturbação poderia provocar males físicos (tuberculose, por exemplo) e até
demência. No folclore popular, diziam os mais velhos - para amedrontar e
ridicularizar os meninos adolescentes -, que: “bater punheta cria cabelos nas mãos”. Porém, mesmo diante dos
preconceitos vários e das admoestações religiosas, o exercício do prazer
individual com as mãos sempre se constituiu numa constante nas vidas de todos,
indiscriminadamente. Ainda hoje muitos atribuem e admitem a prática da
masturbação apenas no meio dos adolescentes, o que não é verdade, pois, o
exercício erótico individual é disseminado por todas as idades, inclusive pelos
anciãos (tive notícia, através de um médico amigo, que um velhinho, passando dos
90 anos, residente na cidade de Tavares/PB, se masturba diariamente). A punheta
é um lenitivo e, admitamos: nada mais cômodo do que o prazer solitário que, por
ser também uma necessidade fisiológica, tem o condão de aliviar, satisfazer e
relaxar, sem prejudicar ninguém.
Termo mais do que correto
A palavra
“punheta” não poderia ser mais bem aplicada ao ato da masturbação. Ela é comum
para os dois gêneros (masculino e feminino). Não fora assim, teria de ser
“mãozêta” para os homens e “dedêta” para as mulheres. Mas, não: ela para
exatamente no punho, o instrumento que serve aos dois segmentos sexuais.
Antigamente, admitia-se a masturbação apenas quanto aos meninos. Às meninas, por
terem a obrigação de manterem-se virgens até o casamento, não se atribuía ou se
admitia a prática. Porém, sabe-se hoje que a proporção do exercício
masturbatório é igual entre os dois sexos. O ato da masturbação tem sido útil
até no meio dos que consideram a prática um pecado, como a Igreja Católica.
Nessa denominação religiosa, desde o século XII, com a instituição do celibato,
seus sacerdotes estão proibidos de casarem-se ou de praticarem sexo. Mesmo
desobedecendo a importante preceito cristão que diz: “Crescei e Multiplicai”, a
regra é parcialmente ou hipocritamente mantida. Se não na íntegra, pelo menos
no faz de conta, porque o mais importante para a Santa Madre Igreja é mesmo não
dividir seus multiplicados bens materiais com proles sacerdotais. Taí a
serventia da punheta! Os padres não podem se casar nem manter conjunções carnais,
mas podem sim se masturbar e, alguns ou muitos deles o fazem tanto quanto os
que não são celibatários. Esse benefício deveria ser incentivado pelos
superiores, pois, se assim fosse, a punheta evitaria grandemente o crime da
pedofilia que grassa nas sacristias. Sei da polêmica que este texto poderá vir
a causar. Porém, a decisão em redigi-lo e publicá-lo não contém a intenção de
fazer apologia à obscenidade. O intento foi o de abordar assunto que é tido como
um tabu, porém, comum a quase todos em sua contumaz prática. Por tudo isso
deveria o milenar exercício do prazer egoísta e individual, ser louvado em sua
prática por todos que têm vontade de fazê-lo. Viva a punheta e morra a
hipocrisia!
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