Manoel Martins e o
besouro
Manoel Martins, de saudosa memória, era um velho muito
encartado e por demais libidinoso. Quando mais jovem, era tido como um dos
maiores mulherengos de Princesa. Caído na idade – ainda na era pré-viagra -,
insistia em ter conjunções carnais com moças jovens e, para isso, em busca do
vigor necessário, tomava todas as meizinhas que lhes ensinavam.
Certo dia, “seu” Mané Martins foi fazer uma consulta com
doutor Severiano Diniz, para tratar de uma dor nas pernas. Chegando ao
consultório, deu o nome e ficou, na sala de espera, aguardando para ser
atendido. De repente, entrou um homem de seus trinta e poucos anos, gritando de
dor. Foi tanto o espalhafato, que o doutor Severiano saiu de seu consultório e
foi logo perguntando:
- O que é isso, que escândalo é esse?!
O paciente escandaloso intercedeu:
- Me acuda doutor que eu não aguento mais de tanta dor...
- Mas, do que se trata? – Perguntou Severiano
Ali mesmo, o homem abaixou as calças e mostrou ao doutor o seu
pênis ereto e intumescido. Severiano acocorou-se, para melhor observar o membro
do paciente e, de repente, disse à enfermeira que estava ao lado - com os cinco
dedos da mão (entreabertos) cobrindo o rosto:
- Marlene, traga-me uma pinça.
Nesse ínterim, “seu” Mané Martins observava tudo muito atento.
Chegada a enfermeira com a pinça, doutor Severiano pegou o
artefato e retirou do pé do pênis do homem o que ele [o doutor], chamou de
besourinho:
- É este besourinho que está provocando essa ereção constante
do seu pênis. Isso se chama priaprismo. Pode ir pra casa que você, logo, logo,
ficará bom.
Quando o médico se dirigia à lixeira para dar destino ao
“besourinho”, Mané Martins pulou da cadeira aonde estava e, já desabotoando as
calças, gritou:
- Jogue no mato não, doutor! Bote esse besouro aqui!
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