Ontem (28) O Comitê de Direitos Humanos da Organização das
Nações Unidas (ONU) divulgou um documento em que atesta, após investigações
acuradas, que o julgamento, a condenação e a prisão do ex-presidente Luís
Inácio Lula da Silva, foram arbitrárias e parciais, atendendo apenas a
interesses políticos. Essa decisão histórica, embora não tenha força jurídica,
tem o condão de ajudar a resgatar a imagem de Lula junto à comunidade internacional
e reabilitá-lo diante do povo brasileiro.
No Brasil, após passar 580 dias na prisão, Lula foi anistiado
pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quando esta corte decidiu que o então Juiz
Sergio Moro não tinha jurisdição para julgar o ex-presidente, e também pelo
fato de o processo haver sido eivado de irregularidades, provocadas pela
comprovada parcialidade daquele magistrado no decorrer do processo e no ato da
condenação.
Rememorando o passo-a-passo do processo, o então juiz Sergio
Moro, determinou a condução coercitiva de Lula para depoimento; autorizou
escutas telefônicas de Lula, de seus advogados e de seus familiares; confabulou
com membros do Ministério Público sugerindo procedimentos, enfim, pintou e
bordou com o intuito de impedir Lula de candidatar-se nas eleições de 2018.
Depois, numa evidência do conchavo, foi ser ministro de Bolsonaro. Hoje, Lula
vitorioso e, Moro, com a cara mexendo tendo de se explicar por tudo, a todos. O
tempo é mesmo o senhor da razão.
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