As eleições presidenciais de 02 de outubro se aproximam e, de
acordo com as pesquisas eleitorais, as intenções de votos se consolidam em uma
polarização entre o ex-presidente Lula e o atual presidente Jair Bolsonaro. Mesmo
assim, alguns pré-candidatos de grandes partidos - a exemplo do MDB, PSDB, PDT
e União Brasil - insistem em se viabilizarem na disputa, porém, pelo visto, sem
respaldo popular suficiente, não lograrão êxito.
Três deles já tropeçaram, desistiram e ficaram no meio do
caminho. São eles: Rodrigo Pacheco (PSD), Sergio Moro (União Brasil) e Eduardo
Leite (PSDB). Dentre os que ainda insistem, estão: João Dória (PSDB), Simone
Tebet (MDB) e Luciano Bivar (União Brasil). Por fora, colocado em terceiro
lugar nas pesquisas, está o pedetista, Ciro Gomes que, feito uma metralhadora
giratória, dispara contra todos.
Além de risível, a chamada 3ª Via, em sua inanição e sede de
votos, se apresenta autofágica quando se devoram a si próprios e não saem do
lugar. Ninguém cede, ninguém se entende e, segundo afirmam alguns próceres dos
partidos que amparam esses candidatos: não vão a lugar nenhum. Todos são
candidatos de si próprios enquanto o eleitorado os ignora e decide pelo apoio a
Lula ou a Jair Bolsonaro.
Diante desse quadro, o que se vislumbra é uma disputa
acirrada entre o segmento de centro-esquerda, representado pelo “lulopetismo”,
e a extrema-direita fascista alimentada pelo “bolsonarismo”; o que poderá
descambar para uma campanha que, além de violenta do ponto de vista dos ataques
verbais próprios do radicalismo ideológico, fará acontecer um debate falto de
ideias, em detrimento do debate em torno de uma pauta do interesse nacional.
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