As manifestações do último 1º de maio, que deveriam louvar o
Trabalho e reivindicar benefícios para os trabalhadores, descambou para o campo
político com a agravante de serem usadas, pelos partidários do presidente da
República, com o aval deste, para pedir o fechamento do Congresso e do STF e a
intervenção militar com Bolsonaro, além de, simbolicamente, rasgar páginas da
Constituição Federal.
Não bastasse isso, o deputado Daniel Silveira, indultado com
a “graça” presidencial, desfila com total desenvoltura, sem a tornozeleira e é
louvado pelos bolsonaristas como se fora um herói, promovendo um verdadeiro
escárnio e debochando da Suprema Corte. Enquanto isso, alguns ministros do STF
alimentam a crise quando concedem entrevistas criticando esses comportamentos.
Botando mais gasolina no fogo, o presidente da República,
volta a questionar a lisura do pleito com urnas eletrônicas e sugere que seja
realizada uma apuração paralela dos votos, sob o monitoramento das Forças
Armadas. Tudo isso interessa grandemente a Jair Bolsonaro que se mantém na
mídia, tirando o foco dos principais problemas do país, que são: inflação,
desemprego, fome, etc. O certo é deixar a tornozeleira de Silveira prá lá e
voltarem-se, todos, para o Brasil real. Esse esticamento de corda só interessa
ao bolsonarismo radical.
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