ODE

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Sem perfil para tanto, Bolsonaro não liderará nada

Um acidente de percurso. É isso que foi a eleição de Jair Messias Bolsonaro em 2018. Despreparado e, ainda por cima, arrogante, o presidente derrotado e que deixará o Palácio do Planalto dentro de poucos dias, já se vê abandonado pelos que antes o endeusavam. Os que antes o elogiavam, o faziam por interesse ou temor da caneta cheia de tinta. Hoje, esses mesmos, ao sair das últimas audiências com o quase ex-presidente, dizem, com risinhos de deboche: “Bolsonaro já era”.

No poder, o capitão punha e dispunha. Gritava com quem quer que fosse. Sua opinião era a final e pronto. Ninguém ousava questionar. Desavisado, porque não recebia conselhos, Bolsonaro não sabia, que os mesmos que fazia genuflexão a ele, guardavam umas pedrinhas no bolso para serem usadas na hora oportuna. O presidente da Câmara, Arthur Lira, é o exemplo mais acabado. Já jogou a sua pedra quando aceitou o apoio de Lula para sua reeleição. 

Pelo visto - tirante do caduco general Heleno -, o “mito” não deixa nenhuma “viúva” a chorar-lhe a derrota. Pouquíssimos são os que continuam fiéis. A maioria dos áulicos já se incorpora à nova ordem. Diante dessa incapacidade de reunir na adversidade e com a caneta seca de tinta, dificilmente, Jair Bolsonaro, se credenciará para comandar a oposição, mesmo porque, além de mostrar-se desagregador, já é tido como um dos piores que ocupou a cadeira de presidente da República.




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