ODE

quinta-feira, 4 de maio de 2023

O avião de Nascimento

Com a intenção de tirar o foco dos fatos que dão marcha à sua turbulenta e desmantelada administração, o prefeito Ricardo Pereira do Nascimento, reacende agora a velha história do avião da FAB que deverá ficar pousado em Lagoa da Cruz. Tudo está tentando fazer, o nosso alcaide, para tirar a atenção do povo do que realmente interessa. Semana passada, deu de garra a dois bonecos de pano para anunciar as atrações do São João antecipado. Nunca visualizei cena mais ridícula! E, há quem diga, que essa festa pobre custará aos cofres municipais algo em torno de R$ 500 mil.

Nada melhor do que festa para divertir o povo, principalmente quando esse povo está sofrido, porque sem assistência do poder público em suas necessidades mais prementes. No entanto, não se justifica uma festa cara, quando servidores estão com salários atrasados, os pobres sem assistência médica, professores com salários defasados, buracos, lixo, mato e esgotos a céu aberto nas ruas da periferia, dentre outras agruras que vêm castigando o nosso povo.

Na verdade, neste São João, Nascimento não tem muito o que comemorar. Ultimamente, sua vida tem sido um tormento. Fustigado por todos os lados, quando não é queda, é coice: Polícia Federal pulando seu muro; Tribunal de Contas revelando irregularidades que desmentem seu discurso; vários processos por improbidade administrativa, tais como desvio de verbas federais; sonegação de contribuições previdenciárias; compras superfaturadas, enfim, os fatos derrubam o mito.

Em face de tudo isso, até seus aliados mais próximos já estão preocupados com o apagar das luzes dessa administração de fancaria. Os agiotas? Ah, esses estão arrancando os cabelos. Naldo Mendes? Felicíssimo por ver que tudo o disse nas redes sociais está se constituindo em verdades inquestionáveis. Mentiroso compulsivo, Nascimento, mente tanto, que põe agora, em maus lençóis os bajuladores que depositavam total confiança nele. Agora com o barco fazendo água, resta ao nosso alcaide, embarcar no avião de Lagoa da Cruz e fazer como Gagarin: encontrar o espaço sideral ou, por outra, a Polícia Federal.



 

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