É sabido que campanhas eleitorais, não têm nada a ver com governança. Durante as campanhas, em busca de votos, os ânimos se acirram e, os candidatos, como se estivessem usando antolhos, só veem em linha reta. No afã de agradar aos eleitores, os políticos se excedem no que dizem ou prometem e, depois, no day after, voltam atrás, engolem o que disseram, esquecem as promessas e, olhando para todos os lados, tentam viabilizar o governo.
É isso o que vem acontecendo com o presidente eleito da Argentina, Javier Milei. Durante seu agitado périplo eleitoral, por todo canto, Milei, rosnava impropérios contra o presidente do Brasil. Eleito, ainda provocou Lula quando convidou o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro para sua posse. Em seguida, vendo a bobagem que fez, mandou a futura chanceler da Argentina, Diana Mondino, ao Brasil, para confabular com a diplomacia brasileira como se estivesse suavizando ou pedindo desculpas pelas besteiras que promoveu.
Vendo que não poderia ter sucesso se digladiando com um dos principais parceiros comerciais da Argentina, Milei, deu última forma e estendeu o tapete vermelho para Luís Inácio numa clara demonstração de arrependimento. Na verdade, as coisas que os políticos fazem, no mais das vezes, são para inglês ver. As mentiras das campanhas eleitorais são perdoadas porque: treino é treino e, jogo é jogo. No entanto, as mentiras na administração, o povo não engole nem esquece e, via de regra, dá o troco nas urnas seguintes.
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