Nos tempos de hoje, não sabemos mais de que forma devemos falar
ou até nos comportar. Vivemos numa sociedade, pisando em ovos. Depois desse
novo “normal”, em que tudo que possamos dizer, ou fazer, possa depor contra
nós, ficamos sem saber como nos comportar com medo de ferir suscetibilidades ou
até, temerosos em cometer crime que nos ponha diante dos tribunais.
Assistindo ao programa televisivo “Domingão com Huck”, no
último domingo (19), me deparei com uma situação por demais esquisita. Lá
estava, na banca julgadora da “Dança dos Famosos”, o também famoso cantor,
Pabllo Vittar e, todos, a ele se referiam, como “a Pabllo”. Não quero aqui
contestar ou ridicularizar a questão do gênero, todavia, faz-se esquisita essa
situação, pois, para quem não conhece, como deveria se referir a uma pessoa que
tem nome de homem, mas, deve ser chamada precedido do artigo definido feminino?
Questionar gênero, raça, estética ou condição social é crime,
eu sei e concordo com isso. Porém, não pode se constituir crime - além de uma gafe
-, um engano quando não sabemos ainda como devem ser regidas essas novas regras.
Principalmente, quando se estabeleceu um direito inconteste dos diferentes e
nada existe ainda em defesa dos que se adaptam a esse novo tempo e a essas
novas nomenclaturas.
Gordo não é mais gordo, tampouco obeso; negro não é mais
negro, nem mulato; para os homossexuais não há ainda um termo consensual porque
tudo é depreciativo. Isso nos deixa, a todos, numa saia justa, sem falar no
cerceamento da liberdade de expressão e no medo das pessoas em fazer suas
referências com naturalidade. A diversidade deve ser respeitada acima de tudo,
mas, precisamos nos adaptar a esses novos conceitos e, para tanto, carecemos de
um pouco de tolerância, afinal, os problemas dessa transição de costumes, são
comuns a todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário