Da lavra de um "princesado" que aqui viveu na década de 1960, Martim Assueros Gomes, o poema que reproduziremos abaixo. Além da simetria poética, carrega também uma acerba crítica - em seus trocadilhos - dita de forma por demais civilizada.
Um repente memorável:
A fé não move montanhas
Vejam, ainda estão lá...!
É conversa de Mateus
Isso nunca ocorrerá.
Aliás, move, senhores
Para o bolso dos pastores
Montanhas, sim, de dinheiro.
O bispo mais cedo ora A santidade lhe aflora
E, o milagre, vem ligeiro.
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