Agrava-se a situação política na Venezuela. Sem cumprir a
promessa de apresentar os mapas e as atas de votação referentes às eleições do
último dia 28 de julho, o ditador Nicolás Maduro, determinado em permanecer no
poder mesmo depois de haver-se proclamado reeleito num pleito eivado de
irregularidades e com claras evidências de fraude, causa instabilidade política
em todo o continente sul-americano.
Além de não publicar os dados relativos ao pleito, Maduro
expulsou diplomatas de sete países que não reconheceram sua farsa eleitoral. O
Brasil, ainda em cima do muro, divulgou ontem uma nota conjunta com o México e
a Colômbia, exigindo a publicação das atas de votação mesa por mesa. Enquanto
isso, a diplomacia brasileira assumiu o protetorado das embaixadas da Argentina
e do Peru que tiveram seus representantes expulsos.
O conflito entre os opositores de Maduro e as Forças Armadas
daquele país já deixaram um saldo de 20 mortos e mais de 1.200 pessoas presas.
O candidato da oposição, que se considera eleito com mais de 70% dos sufrágios,
Edmundo González Hurrutia e a maior líder oposicionista da Venezuela, Maria
Corina Machado, estão escondidos com medo de atentados contra suas vidas. É
isso que acontece quando uma ditadura inventa de promover eleições com mais de
um candidato.
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