Na semana passada, o delator da “Operação Calvário”, Daniel
Gomes deu conta da fraude que foi o concurso público, realizado pelo Governo do
Estado, para a seleção dos servidores que funcionam no Hospital Metropolitano
“Dom José Maria Pires”. Segundo Gomes, o Ricardo de lá [Coutinho] contratou
mais de 1000 servidores que foram “aprovados”, fraudulentamente num certame que
teve como regra a indicação de candidatos a serem considerados aptos ao Serviço
Público, por indicação política de deputados estaduais e vereadores da Capital
e do município de Santa Rita. De acordo com a delação de Daniel Gomes, cada
parlamentar (ou “para lamentar”), indicou de 30 a 50 candidatos às vagas.
Enquanto isso, os que estudaram e apresentaram currículos condizentes, ficaram
a ver navios. A cada estação desse “calvário” vêm à tona irregularidades várias
numa demonstração de que o Ricardo de lá apodreceu a Paraíba.
O de cá
Em que pese não haver ainda indícios de irregularidades
quanto à lisura do concurso realizado em Princesa, o Ricardo de cá [Nascimento]
vem sendo acusado de omissão quanto ao chamamento dos aprovados no processo
seletivo acontecido em nosso município. Malgrado o certame - que foi homologado
há vários meses -, haver sido realizado para atender às necessidades urgentes de
contratar pessoal para substituir servidores admitidos de forma precária, até
agora o prefeito Nascimento não convocou ninguém, tampouco dá satisfações aos
concursados e aprovados que lhes pedem informações. E mais, a prefeitura
continua contratando servidores em cargos de comissão para preencher as vagas
que deveriam ser supridas pelos que estão aptos por aquele processo seletivo.
Ademais, o burgomestre princesense sequer prestou contas da alta soma de
dinheiro arrecadada com as inscrições do tal concurso público.
Para quê?
Os cidadãos e cidadãs aprovados no certame público da
prefeitura criaram um grupo nas redes sociais, para discutirem e reivindicarem
seus direitos. Mesmo assim, não receberam, até agora, nenhuma resposta do
prefeito Nascimento. Em que pese não haver denúncia tão grave quanto a que
paira com relação ao concurso realizado pelo Ricardo de lá, fica o mistério
traduzido no silêncio do Ricardo de cá quanto ao motivo de não chamar os
aprovados, uma vez que o processo foi realizado sob a alegação de que o Serviço
Público Municipal está necessitando de servidores para suprir as vagas
existentes. Assim sendo, fica a pergunta: “para quê realizar o concurso,
homologar e não chamar os aprovados?” Há mistério nisso?
(ESCRITO POR DOMINGOS
SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 10 DE FEVEREIRO DE 2020).
Só querenos ser convocados,pois é um Direito que nos é garantido.
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