A cada dia que passa a situação se apresenta mais grave no
âmbito da saúde comandada pelo município de Princesa. Mais preocupante do que o
descaso com a Saúde Pública da nossa terra são, a insensibilidade do prefeito
Nascimento e a omissão dos Poderes Públicos com relação ao penoso problema que
assola principalmente os mais pobres. No último domingo, em programa
radiofônico veiculado pela Rádio “Princesa FM”, veio a público uma denúncia sobre
a falta de atendimento a uma gestante que procurou o Hospital Municipal (antigo
HR) para parir e não foi atendida, sendo encaminhada para a cidade de Patos/PB,
onde deu à luz - de parto normalíssimo - a uma criança. Em Princesa, a terras
das parteiras famosas, parir é uma doença grave que carece de centros
especializados para sua resolução. Pergunto: “para que servem esse Hospital
Regional e esses médicos?” Fechem suas portas, aproveitem o bom inverno e vão
plantar fava, batatas, feijão e milho. Onde está o Ministério Público que não
vê isso? O dinheiro que vem para a saúde de Princesa é específico, carimbado e constante.
Não Falta nem atrasa! No entanto, vivem nossos pobres a mendigar um atendimento
que não têm.
Exercício de enganação
Outro fato estarrecedor, contido na mesma denúncia
radiofônica, foi o caso de uma mulher pobre - que tem como única fonte de renda
a parca ajuda do programa “Bolsa Família” -, que procurou o serviço de saúde da
prefeitura de Princesa em busca de um medicamento receitado para a cura de uma
doença e teve como resposta, a proposta de que, para obter o referido remédio,
deveria realizar exames de ressonância magnética e ultrassonografia. Ora, esses
dois procedimentos custam, no mínimo R$=2.000,00 (DOIS MIL REAIS), enquanto o
medicamento solicitado orçava em apenas R$=300,00 (TREZENTOS REAIS). Porém,
talvez para justificar a recusa em atender ao pedido da pobre mendicante,
exigiram esses exames por saberem que a mesma não teria condições de
realizá-los e, portanto arvorarem-se do impedimento legal de não poder
servi-la em sua simples e necessária
reivindicação. É essa a saúde de Princesa. E, o pior, é que trocam de
secretários, divulgam números mentirosos porque maquilados, e nada acontece com
esses irresponsáveis que detêm o poder de “cuidar” da saúde dos pobres do nosso
município. Com a palavra o Ministério Público ou as urnas de outubro próximo.
(ESCRITO POR DOMINGOS
SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 10 DE FEVEREIRO DE 2020).
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