Em 1923, o coronel José Pereira Lima
mandou esculpir em bronze, pelo artista recifense Bibiano - às suas expensas -,
uma estátua do ex-presidente da República, Epitácio Pessoa. De corpo inteiro, a
estátua foi erguida num pedestal na praça que leva o nome do homenageado e que
fica em frente ao palacete dos “Pereira” em Princesa. Desde cedo, esse monumento causou polêmica.
Primeiro, quando o próprio Epitácio, ainda vivo, em carta enviada ao coronel recomendou
que desistisse da intenção e que usasse os recursos dispendidos na empreitada,
em ações que beneficiassem a população pobre. Em resposta à missiva do
ex-presidente, Zé Pereira alegou que a estátua já estava pronta e que seria
entronizada em homenagem ao seu ilustre amigo.
O segundo quiproquó deu-se quando
Nominando Muniz Diniz (“seu” Mano) – adversário figadal do coronel -, ao assumir
as rédeas do poder em Princesa, em 1930, na qualidade de prefeito nomeado,
editou um Decreto em 3 de novembro de 1930, que foi publicado no jornal A União, “municipalizando” a estátua.
O monumento em tela, que já completa mais de 100 anos e que, em 1930 foi
testemunha das escaramuças entre o coronel e o presidente João Pessoa, está até
hoje exibido no mesmo local e faz-se de significativa importância por ser a
única estátua, de corpo inteiro, do ex-presidente, exposta num logradouro público
no Brasil. Nem a cidade que leva o nome do ex-presidente, em São Paulo,
tampouco a cidade de João Pessoa, capital do nosso Estado, possui monumento
similar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário